Fico
impressionado com o descaso do governador de Minas Gerais com os professores, e
muito mais por saber que ele também é professor, mas aí vem a pergunta: será
que algum dia ele trabalhou nesta profissão que breve poderá mudar de nome para
“mestre cuca” visto que escola pública poderá via a ser denominada de
“restaurante.” Creio que não, pois se tivesse exercido esta belíssima e árdua
profissão daria um outro tratamento a esta classe, ou então é insensível ou
talvez estúpido demais pra perceber a importância da educação em um estado, em
uma nação.
Dizer
que está preocupado com a greve dos professores porque prima pela educação é
absurdo e mais absurdo ainda é o desembargador dizer que a greve é ilegal
porque muitos alunos dependem da escola para fazer suas refeições. Se é assim,
caro desembargador providencie cestas básicas para estas famílias e procure
saber o significado de ESCOLA, mas não confunda com restaurante, pensão,
albergue, abrigo, sopão, etc...
A
greve é mais que justa e não pense que os professores não estão preocupados com
os alunos, pois a maioria deles tem filhos que estudam na rede estadual ou você
acha senhor governador que com o salário que ganham dá pra manter filho em
escola particular?
Sinceramente
depois da justificativa do desembargador eu temo que o governo queira que os
professores trabalhem como voluntários em seus “restaurantes estaduais.” Aí
será o fim. É preciso muita mediocridade para não entender o que querem. Almejam
ao menos um salário justo, condições de trabalho dignas e um plano de carreira
bem elaborado. R$712,00 é brincadeira e de muito mau gosto. É sem lógica, uma
afronta, é considerá-los tolos, é desmerecer o profissional, embora alguns não
mereçam nem a metade disso: aqueles que não se unem nesse momento crucial para
toda a comunidade, aqueles que tem a cara de pau de pegar aulas substituindo os
grevistas e aqueles diretores que fazem o papel de carrasco e ficam ameaçando
os professores. De que lado estão? Do governo? De si mesmos? Dos pais? Querem
aparecer? O que querem afinal?
Não
sou professor, mas não há como não entrar nessa luta, pois sou grato aqueles
que me ensinaram, que ainda me ensinam e primam por uma boa educação. Eu os
respeito e aqueles que aprenderam de fato também o respeitam, aqueles que
apenas passaram pela escola tanto faz, é assim que fazem nesta hora, pois nunca
valorizaram seus mestres e não nunca souberam o significado de educação.
Um comentário:
A verdade é nua e crua. Não consigo acreditar em tal conjutura um governador não ter a coragem de sentar com a classe e negociar. A verdade, meu amigo Juarez, parece que o governador esqueceu que ele só tem mais dois anos. Será que esse, governador, foi ou é realmente professor?
parabens pelo texto... Gostei tanto do seu texto que pesso autorização para copia - lo
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