Psicopata na Rede: novo ataque (parte 2)


                        __ Eu sou o Gabriel.
                        __ Nome de anjo... Eu estou a fim de umas loucuras.
                        __ Adoro loucuras. Ligue sua webcam.
                        __ Prefiro o suspense. Vou fazer você perder a cabeça comigo!
                        __ Duvido...
                        E a conversa continuou noite adentro. Valquíria combinou um encontro no dia seguinte no mesmo local marcado com o Fred e no mesmo horário. No outro dia à mesa do café, Paulo estendeu-lhe um jornal e disse:
                        __ Leia. É por isso que tenho medo desses encontros seus. Mais uma vítima da internet.
                        Ela tomou o jornal em suas mãos e leu a manchete sobre o assassinato de Fred.                    
__ Você tem razão. Mas será que foi a tal Sabrina que o degolou?
                        __ Claro que foi.
                        __ Pode ter sido um homem. Ninguém sabe.
                        __ Leia a notícia. A polícia suspeita que ela tenha sedado o cara. Depois ela fez o que quis.
                    __ Vamos mudar o rumo da nossa conversa. Tenho outro encontro hoje e não quero ficar pensando nisso.
                        __ De novo? Você não toma jeito! – interveio sua mãe.
                     __ Se a senhora não der um jeito de acabar com esses encontros, eu mesmo darei – disse Lucas, o irmão mais novo.
                        Valquíria se levantou e foi para o seu quarto e não deu respostas a nenhum deles.
                        À noite antes de sair, disse para Paulo:
                        __ Estou indo me encontrar com Rogério. Se eu demorar ligue para meu celular.
                        Ele apenas balançou a cabeça desaprovando mais uma vez sua atitude.
                        Desta vez ela chegou primeiro. Desceu do carro e ficou encostada nele. Minutos depois Gabriel se aproximou e foi logo a tomando nos braços.
                        __ Calma! – disse esquivando-se dele, pegando em seguida uma bala doce na bolsa. Desembrulhou-a e entregou-lhe:
                        __ É pra dar sorte.
                        Gabriel jogou a bala no chão e disse:
                     __ Eu não vim aqui pra ficar chupando balas. Isso é coisa de maricas! Vamos logo para o carro.
                        __ Vamos! – respondeu Valquíria tirando as chaves da bolsa.
                        Ele tomou as chaves em suas mãos.
                        __ Eu dirijo pra você, meu bebê.
                        __ Bebê?
                        Entraram no carro. Antes de sentar ela tirou um envelope que estava sobre o banco da frente e o colocou no banco de trás, com muito cuidado.
                        Ele a levou para fora da cidade e parou numa estrada de chão.
                        __ Chegou a hora de realizar todas as suas fantasias.
                        Valquíria olhou-o de cima a baixo. Ele era um homem musculoso, certamente adepto de alguma academia, pois suas formas eram bem definidas.
                        Ela saiu devagar e o agarrou suavemente, abrindo em seguida a porta de trás do carro. Ele a segurou com força e ia jogando-a sobre os assentos. Ela se agarrou nele e suplicou:
                      __ Assim não!  Deite você – disse olhando maliciosamente para o envelope que estava sobre a poltrona.
                        Gabriel não lhe deu ouvidos, e continuou empurrando-a para dentro do carro, beijando-lhe afoito o pescoço. Ela esperneou, tentou reverter a situação, mas acabou não resistindo. Caiu sobre o banco traseiro, mas como uma águia, conseguiu jogar o envelope no tapete do carro.
                        __ Vem então, seu guloso! – disse olhando-o fixamente.
 Ela estava ofegante. Ele se jogou em cima dela, já arrancando suas roupas. Valquíria não lhe deu muito tempo, esticou a mão, pegou o envelope e o cravou em suas costas.
                        __ Durma neném!
                        Gabriel soltou um grito de dor e em pouco tempo adormeceu. Dentro do envelope ela havia colocado várias agulhas envenenadas cravadas numa base de madeira.
                        Depois foi fácil terminar tudo aquilo que havia planejado. Degolou-o e jogou sua cabeça no meio do mato, deixando seu corpo na beira da estrada.
                      Quando entrou em sua casa, todos estavam à sua espera. Ela beijou um por um na face e indagou suavemente:
                        __ Demorei?