__ Eu sou o Gabriel.
__
Nome de anjo... Eu estou a fim de umas loucuras.
__
Adoro loucuras. Ligue sua webcam.
__
Prefiro o suspense. Vou fazer você perder a cabeça comigo!
__
Duvido...
E
a conversa continuou noite adentro. Valquíria combinou um encontro no dia
seguinte no mesmo local marcado com o Fred e no mesmo horário. No outro dia à
mesa do café, Paulo estendeu-lhe um jornal e disse:
__
Leia. É por isso que tenho medo desses encontros seus. Mais uma vítima da
internet.
Ela
tomou o jornal em suas mãos e leu a manchete sobre o assassinato de Fred.
__ Você tem razão. Mas será que foi a tal Sabrina que o degolou?
__
Claro que foi.
__
Pode ter sido um homem. Ninguém sabe.
__
Leia a notícia. A polícia suspeita que ela tenha sedado o cara. Depois ela fez
o que quis.
__
Vamos mudar o rumo da nossa conversa. Tenho outro encontro hoje e não quero
ficar pensando nisso.
__
De novo? Você não toma jeito! – interveio sua mãe.
__
Se a senhora não der um jeito de acabar com esses encontros, eu mesmo darei –
disse Lucas, o irmão mais novo.
Valquíria
se levantou e foi para o seu quarto e não deu respostas a nenhum deles.
À
noite antes de sair, disse para Paulo:
__
Estou indo me encontrar com Rogério. Se eu demorar ligue para meu celular.
Ele
apenas balançou a cabeça desaprovando mais uma vez sua atitude.
Desta
vez ela chegou primeiro. Desceu do carro e ficou encostada nele. Minutos depois
Gabriel se aproximou e foi logo a tomando nos braços.
__
Calma! – disse esquivando-se dele, pegando em seguida uma bala doce na bolsa.
Desembrulhou-a e entregou-lhe:
__
É pra dar sorte.
Gabriel
jogou a bala no chão e disse:
__
Eu não vim aqui pra ficar chupando balas. Isso é coisa de maricas! Vamos logo
para o carro.
__
Vamos! – respondeu Valquíria tirando as chaves da bolsa.
Ele
tomou as chaves em suas mãos.
__
Eu dirijo pra você, meu bebê.
__
Bebê?
Entraram
no carro. Antes de sentar ela tirou um envelope que estava sobre o banco da
frente e o colocou no banco de trás, com muito cuidado.
Ele
a levou para fora da cidade e parou numa estrada de chão.
__
Chegou a hora de realizar todas as suas fantasias.
Valquíria
olhou-o de cima a baixo. Ele era um homem musculoso, certamente adepto de alguma
academia, pois suas formas eram bem definidas.
Ela
saiu devagar e o agarrou suavemente, abrindo em seguida a porta de trás do
carro. Ele a segurou com força e ia jogando-a sobre os assentos. Ela se agarrou
nele e suplicou:
__
Assim não! Deite você – disse olhando
maliciosamente para o envelope que estava sobre a poltrona.
Gabriel
não lhe deu ouvidos, e continuou empurrando-a para dentro do carro,
beijando-lhe afoito o pescoço. Ela esperneou, tentou reverter a situação, mas
acabou não resistindo. Caiu sobre o banco traseiro, mas como uma águia,
conseguiu jogar o envelope no tapete do carro.
__
Vem então, seu guloso! – disse olhando-o fixamente.
Ela estava ofegante. Ele se jogou
em cima dela, já arrancando suas roupas. Valquíria não lhe deu muito tempo,
esticou a mão, pegou o envelope e o cravou em suas costas.
__
Durma neném!
Gabriel
soltou um grito de dor e em pouco tempo adormeceu. Dentro do envelope ela havia
colocado várias agulhas envenenadas cravadas numa base de madeira.
Depois
foi fácil terminar tudo aquilo que havia planejado. Degolou-o e jogou sua
cabeça no meio do mato, deixando seu corpo na beira da estrada.
Quando
entrou em sua casa, todos estavam à sua espera. Ela beijou um por um na face e
indagou suavemente:
__
Demorei?
Um comentário:
massa gostei!!!
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