Poema a uma rosa arrancada do jardim




Arrancaste-me do meu jardim
Levando-me para um vaso solitário
Deixando-me longe dos jasmins
Em um canto da sala

Não tenho as gotas de orvalho
Nem o sol nem a lua posso ver
Uma luz artificial me clareia
E até me tonteia...

E quando o beija-flor no jardim chegar
Uma rosa lhe faltará para beijar
Nem borboletas nem abelhas
Podem mais de mim se aproximar
As pétalas começaram a se soltar
Daqui a pouco serei descartada...

Do jardim à sala de estar
E depois o lixo há de me abrigar
Triste fim de uma rosa
Que nasceu para enfeitar...


Um comentário:

Anônimo disse...

Algo para pensar.
Parabéns!
Cláudio/MA