Gravetos

Corro atrás do vento
Recolho gravetos debaixo de chuva
Conto as folhas secas no chão
Subo e desço as escadas do sótão
Escrevo na terra molhada
Mas o tempo parece não passar


Ajunto os cacos no chão
Das taças que você quebrou
Guardo as roupas no armário
Rasgo o véu das suas mentiras
E não enxugo suas lágrimas
Até porque elas não existem


Recoloco meu travesseiro no lugar
Troco os forros da cama
Não quero nada que me lembre você
Abro as janelas do quarto
E as portas da alma se destravam
Um vento novo balança as cortinas
Mas o tempo parece que não passa...

Nenhum comentário: