“Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais” – Alexandre Herculano.
Outro dia publiquei uma frase na rede social e me sugeriram fazer uma crônica sobre o assunto. Então resolvi tentar.
As pessoas são tão acostumadas a interferir, palpitar na vida da gente, que
se não ficarmos atentos, viveremos como marionetes e acabaremos malucos na tentativa de agradar ou atender as expectativas delas.
Lembro-me perfeitamente quando casei há treze anos; e, três meses depois minha mulher ficou grávida. Ouvimos tantos comentários de que éramos loucos, pois não aproveitamos a vida de casado e já fomos logo arrumando filho e por aí afora. Depois de um certo tempo quando minha filha começava a dar os primeiros passos vieram os outros palpites: “Está na hora de arrumar um irmãozinho pra ela”. “Não é bom ser filho único”.
Quando ela fez um ano e meio mais ou menos a colocamos na escolinha. “É muito novinha pra frequentar escola”. “Isso vai fazer com que ela não goste de estudar quando estiver maior”.
É engraçado como somos vigiados, monitorados pelas “câmeras humanas” o tempo todo. Tudo o que fazemos, pode ter certeza, em alguma roda de amigos é discutido, criticado ou aplaudido. Há muitos doutores, cientistas apontando o que deveríamos ter feito. É assim mesmo. Vai me dizer que nunca esteve numa dessas rodas? Se eu decido mudar de emprego, muitos vão dizer que sou louco, precipitado sem nem ao menos conhecer meu ambiente de trabalho. Se decido ter mais de dois filhos vão falar que estou vivendo no passado, pois hoje em dia não se pode ter mais que dois filhos, as coisas estão muito difíceis e por aí afora.
Quando meu segundo filho nasceu passamos por uma série de palpites. Ele era bem gordinho e até os seis meses só mamou no peito. Imagina quantas pessoas nos falaram que ele era obeso! Tantos pediatras com diploma de segundo grau ou nem isso! Aí repetíamos a mesma história: “Ele está dentro da normalidade segundo a pediatra dele que o acompanha mensalmente. ” Mas alguns olhavam desconfiados e vez ou outra erguiam uma sobrancelha.
É bem assim: Se você não namora dizem que está na hora de arrumar uma namorada. Quando começa a namorar então falam que está passando da hora de casar. Se você só gosta de curtir nas baladas e não te veem com uma mulher dizem que você é esquisito (Traduzindo: gay). Se uma mulher tem uma amiga e andam muito juntas nem preciso dizer o que falam. Se você não bebe nada alcoólico é fresco, careta. “Não tem nada a ver beber um golinho” Aí eu pergunto: “Todo mundo é obrigado a gostar de quiabo? ”
Algumas pessoas são tão... tão... tão... que fazem as contas de quanto você ganha, pelos lugares que você frequenta ou pelo estilo de vida que leva. E às vezes dizem na sua cara: “Como você consegue viajar tanto sendo... ? (E dizem a profissão da gente), depois completam com aquele olhar desconfiado: “Ensina-me o segredo”.
E assim a vida segue, os palpites, as intromissões não vão deixar de existir, mas temos que saber ouvir, e fazer nossas próprias escolhas. E rir. Rir muito. Porque a vida com alegria é muito mais saborosa.
Juarez do Brasil
Outro dia publiquei uma frase na rede social e me sugeriram fazer uma crônica sobre o assunto. Então resolvi tentar.
As pessoas são tão acostumadas a interferir, palpitar na vida da gente, que
se não ficarmos atentos, viveremos como marionetes e acabaremos malucos na tentativa de agradar ou atender as expectativas delas.
Lembro-me perfeitamente quando casei há treze anos; e, três meses depois minha mulher ficou grávida. Ouvimos tantos comentários de que éramos loucos, pois não aproveitamos a vida de casado e já fomos logo arrumando filho e por aí afora. Depois de um certo tempo quando minha filha começava a dar os primeiros passos vieram os outros palpites: “Está na hora de arrumar um irmãozinho pra ela”. “Não é bom ser filho único”.
Quando ela fez um ano e meio mais ou menos a colocamos na escolinha. “É muito novinha pra frequentar escola”. “Isso vai fazer com que ela não goste de estudar quando estiver maior”.
É engraçado como somos vigiados, monitorados pelas “câmeras humanas” o tempo todo. Tudo o que fazemos, pode ter certeza, em alguma roda de amigos é discutido, criticado ou aplaudido. Há muitos doutores, cientistas apontando o que deveríamos ter feito. É assim mesmo. Vai me dizer que nunca esteve numa dessas rodas? Se eu decido mudar de emprego, muitos vão dizer que sou louco, precipitado sem nem ao menos conhecer meu ambiente de trabalho. Se decido ter mais de dois filhos vão falar que estou vivendo no passado, pois hoje em dia não se pode ter mais que dois filhos, as coisas estão muito difíceis e por aí afora.
Quando meu segundo filho nasceu passamos por uma série de palpites. Ele era bem gordinho e até os seis meses só mamou no peito. Imagina quantas pessoas nos falaram que ele era obeso! Tantos pediatras com diploma de segundo grau ou nem isso! Aí repetíamos a mesma história: “Ele está dentro da normalidade segundo a pediatra dele que o acompanha mensalmente. ” Mas alguns olhavam desconfiados e vez ou outra erguiam uma sobrancelha.
É bem assim: Se você não namora dizem que está na hora de arrumar uma namorada. Quando começa a namorar então falam que está passando da hora de casar. Se você só gosta de curtir nas baladas e não te veem com uma mulher dizem que você é esquisito (Traduzindo: gay). Se uma mulher tem uma amiga e andam muito juntas nem preciso dizer o que falam. Se você não bebe nada alcoólico é fresco, careta. “Não tem nada a ver beber um golinho” Aí eu pergunto: “Todo mundo é obrigado a gostar de quiabo? ”
Algumas pessoas são tão... tão... tão... que fazem as contas de quanto você ganha, pelos lugares que você frequenta ou pelo estilo de vida que leva. E às vezes dizem na sua cara: “Como você consegue viajar tanto sendo... ? (E dizem a profissão da gente), depois completam com aquele olhar desconfiado: “Ensina-me o segredo”.
E assim a vida segue, os palpites, as intromissões não vão deixar de existir, mas temos que saber ouvir, e fazer nossas próprias escolhas. E rir. Rir muito. Porque a vida com alegria é muito mais saborosa.
Juarez do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário