Acordei extasiado
Braços feridos, corpo doído
Levantei-me com cautela
com medo de me machucar ainda mais
Vigas inclinadas ameaçando ruir
Cacos de vidros e ferragens retorcidas no chão
Meus pés levantaram poeira
Olhei para os lados e o que vi foi destruição
O que sobrou?
Meus olhos começaram a lacrimejar
Toda uma vida de trabalho árduo estava ali
e eu não via nada inteiro...
O que sobrou? Tornei a indagar-me interiormente
E uma voz lá de dentro me respondeu: – “Você”
Olhei minhas mãos, as feridas nos braços
Ergui os olhos para o céu e agradeci pela minha vida
Dei um passo firme para sair dali.
Vou recomeçar!
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