À beira do caminho
Um rastro de mágoa e desilusão
Segue pisando no vácuo
E ninguém te vê por dentro
Dor e solidão
Os abutres te seguem famintos
Sentem o cheiro da morte
e te esperam sucumbir
Sem esperanças acena para os carros
Ninguém te percebe
Olha para o alto e chora
– Onde estás? Por que me abandonaste?
Haverá uma luz no fim da estrada?
Haverá uma seta indicando o caminho?
Segue cabisbaixo
e não sabe até quando vai aguentar
Os abutres se aproximam mais
Já sentem o cheiro de podridão
e começam a te bicar
O que importa?
Perdeu as forças para lutar
Que teu corpo sirva de alimento
Assim tua vida não terá sido em vão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário